Uso de airless para aplicação de revestimentos de piso: vantagens e desvantagens

Descubra as vantagens e desvantagens do uso de máquinas de pulverização airless na aplicação de revestimentos epóxi para pisos. Embora ofereçam alta produtividade e acabamento uniforme, esses equipamentos exigem cuidados com solventes, consumo excessivo e manutenção. Saiba quando e como utilizá-los corretamente para obter os melhores resultados.

Equipamentos de airless para revestimentos epóxi de piso: vale a pena usar?

Máquinas de airless são amplamente utilizadas em diversos tipos de revestimentos. No entanto, quando falamos de revestimentos epóxi para pisos, surgem divergências importantes sobre a eficácia e a adequação do uso de airless nessa aplicação.

Recentemente, questionei meus amigos aplicadores sobre o tema: somos a favor ou contra o uso de airless na aplicação de epóxi em pisos?

Recebi diversas respostas de profissionais de diferentes partes partes do país, defendendo ambos os lados dessa discussão. Com base nessas contribuições e na minha própria experiência em campo, compilei uma lista com vantagens e desvantagens do uso dessa tecnologia na aplicação de revestimentos para pisos.

Importante destacar que o foco aqui está na aplicação de revestimentos finos para piso ou a “pintura epóxi”, não estamos falando de revestimento autonivelante ou outro tipo de revestimento. Ou seja, estamos debatendo se as airless realmente podem substituir os métodos tradicionais, como rolos e rodos, nesse tipo de serviço.

Vantagens do uso de máquinas airless

1. Alta produtividade
A principal vantagem do uso de airless está na agilidade da aplicação. Uma equipe de quatro pessoas equipada com essa tecnologia pode cobrir milhares de metros quadrados com uma fina camada de epóxi em um curto período de tempo. Em projetos de grande escala, essa produtividade reduz drasticamente o prazo de execução e pode gerar economia significativa de mão de obra. Nós aqui na empresa, utilizamos equipamentos Graco, por serem muito confiáveis e com alta performance de aplicação.

2. Acabamento mais uniforme
Pulverizadores airless são capazes de criar uma película final lisa e homogênea, livre da textura característica do rolo (a famosa “casca de laranja”). Esse resultado visual é difícil de alcançar com métodos convencionais, como rolos ou rodos.

Essas duas vantagens já bastam para justificar, em muitos casos, a adoção da pulverização. No entanto, também existem desvantagens e cuidados importantes que não podem ser ignorados.

Desvantagens do uso de pulverizadores airless em revestimentos epóxi

1. Necessidade de solventes
Para que o revestimento epóxi seja compatível com um equipamento airless, é necessário realizar diluição com solventes. Produtos 100% sólidos geralmente não funcionam na maioria desses equipamentos. Isso significa a adição de grandes quantidades de solventes — caso o produto não os contenha —, o que pode acarretar riscos à saúde e segurança, como intoxicação por inalação, problemas dermatológicos e aumento da inflamabilidade no ambiente de aplicação.

2. Excesso de consumo e desperdício
Com o rolo ou o rodo, é mais fácil controlar o consumo do produto. Uma camada fina típica consome entre 250 e 300 g/m². Já com a pulverização, o consumo pode ultrapassar 500 g/m² sem que o operador perceba, gerando desperdícios caso o aplicador não esteja familiarizado com a tecnologia. Além disso, é comum aplicar revestimento em excesso em áreas próximas, como paredes e rodapés, comprometendo o acabamento e o planejamento.

3. Riscos de falhas no equipamento
Máquinas airless exigem manutenção frequente e podem falhar nos momentos mais críticos, então é recomendado uma máquina de backup para evitar imprevistos. Entupimentos, falhas de pressão e marcas de gotejamento são problemas comuns. Um pequeno defeito pode comprometer o acabamento e gerar retrabalho. Operar esse tipo de equipamento exige mão de obra qualificada e treinada.

4. Menor controle de penetração
Com o rolo ou rodo, o aplicador tem controle físico sobre a penetração do revestimento no substrato, o que contribui para uma melhor aderência. Já a pulverização, por ser um processo à distância, pode gerar a sensação de que o produto apenas repousa sobre a superfície, sem se integrar corretamente.

5. Limpeza trabalhosa
Ao final do serviço, os equipamentos airless precisam ser cuidadosamente limpos. Qualquer resíduo de resina que cure dentro do sistema pode danificar mangueiras e bicos, comprometendo o funcionamento futuro e gerando custos com manutenção. A limpeza, por sua vez, também exige o uso de solventes, o que acarreta mais riscos operacionais e ambientais.

Conclusão

Vale a pena usar pulverizador airless na aplicação de revestimentos epóxi para piso? Depende do projeto, da equipe e dos objetivos. Em áreas extensas, com prazos apertados e mão de obra experiente, o airless pode ser um grande aliado. Mas é fundamental pesar os riscos operacionais, a compatibilidade dos produtos e a capacidade técnica da equipe antes de adotar essa solução.

E você? Já utilizou pulverizadores airless em seus projetos de pisos? Considera que as vantagens superam as desvantagens?

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